O governo decretou estado de emergência zoossanitária no país por 180 dias em razão do avanço no número de casos de influenza aviária. A decisão foi oficializada em edição extra do Diário Oficial publicada na noite desta segunda-feira (22).
O número de casos subiu de cinco para oito. Não há ainda casos identificados em humanos, mas a ocorrência em aves silvestres já foi registrada em dois estados: Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Com a decretação de estado de emergência, o governo tem mais instrumentos para atuar e conter a disseminação do vírus.
A portaria permite, por exemplo, ações integradas entre o Ministério da Agricultura e outras pastas. Ela autoriza ainda o governo federal a repassar recursos e auxiliar estados em medidas de contenção.
De acordo com o Ministério da Agricultura, o Brasil não perde o status de “livre de influenza aviária”. Isso porque os casos não atingiram a produção comercial.
No Maranhão o governo já publicou nesta terça-feira (23), nota técnica estabelecendo os protocolos que serão adotados durante o período estipulado pelo Governo Federal.
Transmissão apenas por contato direto
A doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza aviária podem ser adquiridas, principalmente, por meio do contato direto com aves infectadas, vivas ou mortas.
As autoridades pedem que a população acione o serviço veterinário local ou realize a notificação por meio do e-Sisbravet ao identificar aves doentes e que evite o contato com elas.
Keith Almeida