Esses prejuízos são resultado de diversos fatores, incluindo o aumento no número de eventos climáticos extremos, como chuvas torrenciais no Sul e secas no Norte, e a falta de investimento em políticas públicas de prevenção e preparação para essas mudanças.
O levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) revela que, ao longo dos anos, o investimento em prevenção de desastres foi diminuindo, representando uma pequena parcela dos prejuízos bilionários.
Isso reflete uma priorização do país em remediar os danos após os desastres, em vez de investir em medidas preventivas.
Um exemplo é o caso de Porto Alegre, onde um investimento previsto de R$ 400 milhões para modernizar o sistema de combate a enchentes poderia ter evitado a tragédia que a cidade enfrentou.
Agora, a região metropolitana da capital, debaixo d’água, enfrenta perdas econômicas significativas, estimadas em R$ 107 bilhões em produção.
Os estragos causados pelos desastres afetam milhões de pessoas e exigem uma resposta rápida e eficaz.
No entanto, a falta de preparo e investimento adequado dificulta a recuperação e aumenta os prejuízos.
Além disso, as mortes e os impactos na vida das pessoas afetadas não podem ser mensurados apenas em termos econômicos.
É evidente que os alertas sobre os riscos dos desastres eram conhecidos pelas autoridades há anos, por meio de estudos e pesquisas climáticas.
No entanto, a falta de ação coordenada e investimento adequado resultou em tragédias evitáveis, como as recentes enchentes no Rio Grande do Sul e os deslizamentos em São Sebastião.
Para enfrentar esse cenário, é essencial que haja uma mudança na abordagem do país em relação aos desastres naturais.
Isso inclui investimentos significativos em prevenção e preparação, bem como uma maior conscientização sobre os riscos das mudanças climáticas e a necessidade de ações urgentes para mitigá-las.
Além disso, é fundamental que haja uma coordenação eficaz entre os governos federal, estaduais e municipais, bem como a participação da sociedade civil, para garantir uma resposta eficiente e rápida diante dos desastres naturais.
A tragédia anunciada no Brasil não se restringe a uma região específica, mas representa um risco para todo o país.
Portanto, é hora de agir com urgência e determinação para enfrentar esse desafio e proteger as comunidades vulneráveis dos impactos devastadores dos desastres naturais.