A Meta, empresa responsável pelo WhatsApp, anunciou nesta quarta-feira (5) a remoção de 6,8 milhões de contas fraudulentas na plataforma apenas no primeiro semestre de 2025. A ação integra uma operação global de combate a centros de fraude, com foco especial no Sudeste Asiático, onde grupos criminosos utilizam até trabalho forçado para aplicar golpes virtuais.
Entre as novidades em segurança, a Meta implementou um sistema que alerta os usuários ao serem adicionados a grupos por contatos desconhecidos. O recurso oferece um resumo do grupo, permitindo que a pessoa saia antes de visualizar o conteúdo. Caso o grupo seja identificado como confiável, o usuário pode optar por acompanhar a conversa, que permanecerá silenciada até a sua decisão.
As contas fraudulentas foram detectadas e bloqueadas preventivamente, antes de serem usadas em golpes. Em uma operação conjunta com a OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT, a empresa desarticulou um esquema criminoso no Camboja baseado em um falso sistema de pirâmide vinculado ao aluguel de scooters. Os golpistas utilizaram o ChatGPT para gerar textos persuasivos que induziam as vítimas.
O modus operandi geralmente começa com contato por SMS, seguido da migração para redes sociais ou aplicativos como o WhatsApp. As vítimas eram convencidas a realizar pagamentos, frequentemente via criptomoedas, sob a promessa de altos retornos financeiros. A Meta alerta para o principal sinal de golpe: a exigência de pagamento inicial para garantir lucros.
Segundo a empresa, muitos desses grupos de fraude funcionam como organizações estruturadas, movimentando bilhões de dólares, com maior concentração no Camboja, Mianmar e Tailândia. Além disso, há relatos de pessoas aliciadas e submetidas a trabalho forçado para participarem dessas operações.
Além dos alertas para grupos, a Meta testa novos avisos em conversas individuais iniciadas por contatos desconhecidos, exibindo informações que ajudam os usuários a avaliar a segurança da interação.
A recomendação da empresa para evitar golpes é simples: pensar antes de responder mensagens de desconhecidos, desconfiar de ofertas que pareçam boas demais para ser verdade e confirmar a identidade do remetente por outros meios.