A partir da expedição do mandado de prisão preventiva contra o cantor Gusttavo Lima pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, ele passou a ser oficialmente considerado procurado pelas autoridades.
Com a confirmação de que o artista está ciente da ordem judicial e não se apresentou às autoridades, ele é classificado como foragido. Nesse contexto, a polícia pode aguardar uma “rendição,” onde os advogados do cantor negociariam os termos para sua entrega.
Prisão decretada por alegada proteção a foragidos – O mandado de prisão preventiva contra Gusttavo Lima foi emitido no âmbito da Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro. A juíza Andrea Calado da Cruz argumentou que o cantor teria protegido investigados na operação e mantido relações financeiras suspeitas com eles. A decisão também faz referência à viagem de Gusttavo Lima à Grécia, onde ele teria sido visto com os investigados, sugerindo que a aeronave utilizada pelo cantor poderia ter ajudado na fuga dos suspeitos. A magistrada ressaltou que todos, independentemente de sua condição financeira, estão sujeitos à lei. A mesma operação já resultou na prisão da influenciadora Deolane Bezerra, detida desde o dia 10 de setembro.
Viagem aos Estados Unidos na véspera da prisão – Fontes próximas ao cantor informaram que Gusttavo Lima viajou para os Estados Unidos em um jatinho particular na véspera da decretação de sua prisão preventiva. Ele foi acompanhado do amigo e também cantor Thiago Brava, logo após terem assistido ao Rock in Rio, no domingo, 22 de setembro.
Suspensão de passaporte e porte de armas – Além de decretar a prisão preventiva de Gusttavo Lima, a juíza Andrea Calado da Cruz determinou a suspensão do passaporte e do porte de armas do cantor. Essas medidas foram adotadas no contexto das investigações da Operação Integration, que também resultou na prisão da influenciadora Deolane Bezerra.
Alegações de proteção a foragidos – No despacho, a juíza alegou que Gusttavo Lima teria dado abrigo a foragidos da operação, destacando sua viagem à Grécia junto com investigados. Há suspeitas de que esses foragidos tenham sido deixados no exterior e não retornaram ao Brasil. Em resposta, a defesa do cantor informou que está tomando as medidas cabíveis e considera a decisão judicial injusta e sem fundamento. A defesa também declarou que a inocência de Gusttavo Lima será provada.
Posição do Ministério Público – O Ministério Público de Pernambuco foi contrário à prisão de Gusttavo Lima e do empresário Boris Maciel Padilha, decretada nesta segunda-feira, 23. A promotoria recomendou medidas cautelares patrimoniais, como o bloqueio de contas bancárias, ao invés da prisão. Entretanto, a juíza Andrea Calado da Cruz manteve a decisão de prisão preventiva, incluindo a suspensão dos passaportes e dos certificados de registro de arma de fogo dos investigados.