A presidente do Porto do Itaqui, Oquerlina Costa, participou nesta quinta-feira (13) de um painel na COP 30, ao lado da Investe Maranhão e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA). Durante o encontro, ela apresentou as ações e estratégias que posicionam o Maranhão rumo a um futuro sustentável.
Entre os destaques, Oquerlina abordou o Plano de Descarbonização do Itaqui, iniciativa desenvolvida nos últimos anos que coloca o estado na rota da transição energética e reforça o compromisso com a redução das emissões e a inovação ambiental.
Logo no início da apresentação, Oquerlina agradeceu à Investe Maranhão pela oportunidade e ressaltou a importância do Porto do Itaqui como um dos principais ativos econômicos do estado, estrategicamente posicionado e com grande potencial de expansão. Segundo ela, o desenvolvimento econômico do Maranhão só é possível se estiver conectado à preservação ambiental e à adoção de práticas sustentáveis em toda a cadeia logística.
Durante o painel, a presidente enfatizou que um dos maiores desafios é promover mudanças de hábitos e processos dentro das operações portuárias, envolvendo colaboradores, arrendatários, acionistas e parceiros. “Quando caminhamos juntos, o desafio deixa de ser um obstáculo e se torna uma evolução coletiva”, discursou a presidente.

O Plano de Descarbonização, que foi oficialmente apresentado neste ano durante a Intermodal, estabelece metas estratégicas até 2030 e prevê a neutralidade de carbono do porto até 2050. A proposta inclui não apenas a modernização da infraestrutura, mas também a proteção do ecossistema local, da flora e das comunidades que convivem diretamente com o porto, além da atração de investidores alinhados à mesma visão de sustentabilidade.
Oquerlina Costa também destacou que o porto avança na modernização de seus terminais e na substituição de equipamentos movidos a combustíveis fósseis. A autoridade portuária já superou a meta de renovação da frota, convertendo 31% dos veículos leves para modelos híbridos ou elétricos, acima dos 25% previstos.
Em relação ao fortalecimento da infraestrutura verde, a presidente pontuou que a maior parte da pegada de carbono do Porto do Itaqui está diretamente ligada às emissões das embarcações que operam no terminal. Por isso, o porto vem intensificando articulações e alinhamentos com operadores logísticos para atrair navios, rebocadores, caminhões e veículos movidos por fontes alternativas de energia. A iniciativa acompanha movimentos internacionais, como os projetos globais de desenvolvimento de navios verdes, que já vêm sendo estudados por empresas como a Transpetro.
Para Oquerlina, essa transformação exige a reformulação gradual da infraestrutura portuária para receber embarcações de novas gerações, com padrões mais rígidos de eficiência energética e menor impacto ambiental. “É um caminho desafiador, mas inevitável. A modernização da infraestrutura é parte central do processo de descarbonização do Itaqui”, reforçou.

A presidente aproveitou a discussão para fazer um chamado público a investidores interessados em apoiar e integrar essa transição sustentável. O Itaqui está com projetos estruturantes de energia limpa em andamento, incluindo a licitação para instalação de uma planta industrial de energia solar de grande porte, capaz de abastecer todas as operações do porto. A adoção crescente de energia solar como fonte operacional destaca o compromisso da EMAP em ampliar o uso de matrizes renováveis e construir uma base energética mais limpa e eficiente.
“A transformação que buscamos só será possível com a participação de parceiros estratégicos, comprometidos com o futuro verde do Maranhão. Estamos abertos à cooperação, ao diálogo e aos investimentos que possam acelerar esse processo”, acrescentou Oquerlina Costa.
Ao final, a presidente ratificou o papel estratégico do Maranhão no contexto da transição energética. “Somos a porta de entrada da Amazônia. Temos potencial para crescer economicamente, preservando o meio ambiente. O Porto do Itaqui está comprometido em fazer dessa agenda uma realidade, consolidando o Maranhão como referência em desenvolvimento verde e sustentável”, finalizou.
Texto: GECOM/EMAP
Foto: Divulgação























