Para o combate realmente eficaz do feminicídio é primordial que todos os setores estejam alinhados e verdadeiramente imbuídos num único propósito, exterminar um crime tão covarde e cruel.
No início da semana, tivemos um péssimo exemplo vindo do Judiciário e do Ministério Público (MP), já que o plantonista da Comarca de Imperatriz, Frederico Feitosa de Oliveira, acolheu o pedido do MP e concedeu liberdade provisória para Hayldon Maia de Brito, preso após agredir a própria esposa em Imperatriz, na frente do filho do casal, que gravou o crime e denunciou à polícia, que prendeu o agressor.
Dois dias depois foi a vez da própria vítima não colaborar. O vice-prefeito de Presidente Sarney, Emerson Gibson Santos Chagas, foi preso acusado de agredir a própria esposa. Além disso, o político também cometeu desacato e resistência à prisão. O caso foi apresentado na Delegacia Especial da Mulher (DEM) de Pinheiro, onde a ocorrência segue em andamento e as medidas legais estão sendo adotadas pela autoridade policial competente.
No entanto, no momento da prisão uma cena patética e deprimente foi registrada, a própria vítima chegou a subir na viatura da Polícia Militar para impedir a prisão do agressor. Apesar da reação equivocada da esposa, o vice-prefeito foi detido e está respondendo pelos crimes.
Os episódios nos demonstram que ainda estamos distante de extinguirmos o feminicídio, ainda mais se uma das partes fraqueja, seja ela: a própria vítima, imprensa, Judiciário, MP, Executivo, Legislativo e a sociedade civil organizada.
O bom é que a pressão exercida pelas partes que não fraquejam nos episódios, nos leva a acreditar que poderemos, em algum momento, mudarmos essa realidade.
O exemplo foi que o MP e o Judiciário, após a péssima repercussão, decidiram pedir e determinar, respectivamente, a prisão do agressor de Imperatriz, Hayldon Maia de Brito, inclusive já condenado por homicídio.























