Essa obrigatoriedade, suspensa em 2022 por uma medida provisória devido à pandemia e aumento dos preços dos combustíveis, foi retomada pela Lei Federal 14599/23, sancionada pelo presidente Lula em junho deste ano.
O exame detecta substâncias psicoativas nos últimos 90 dias, ajudando a garantir a segurança no trânsito ao identificar se o motorista está sob efeito de drogas que prejudicam sua capacidade de dirigir. Sua ausência resultará em multa de R$ 1.467,35 e sete pontos na CNH.
Segundo Artur Morais, especialista em trânsito, as drogas afetam a concentração do motorista, comprometendo sua segurança e a de outros no tráfego. Com uma validade de 30 meses, o exame custa em média R$ 135 e pode ser realizado em clínicas credenciadas.
A falta de atenção dos motoristas, possivelmente influenciada pelo uso de substâncias, foi responsável por 9.057 acidentes e 567 mortes nas rodovias federais no primeiro semestre deste ano, segundo dados da PRF.
Zuleide Feitosa, pesquisadora da UnB, enfatiza a importância do exame para reduzir tais ocorrências, considerando que muitos acidentes fatais resultam de decisões inconsequentes de motoristas.
Os custos decorrentes de acidentes somaram cerca de R$ 13,4 bilhões no ano passado, conforme a CNT, um valor duplicado em relação ao investimento governamental em infraestrutura rodoviária.