Empresa que dá nome a uma das metonímias mais famosas do Brasil, a Bombril está em crise. Esse estado, inclusive, não é novidade e se arrasta desde o início do século.
A marca, sinônimo de palha de aço, teve que recorrer a um empréstimo de R$300 milhões para manter suas atividades. Uma história de endividamento que vem desde o início dos anos 2000, quando sofreu um baque com lançamento de linha de cosméticos que fracassou. Em 2003, pediu recuperação judicial, saindo somente em 2006 – ainda com dívidas.
O auge da crise foi em 2015, quando as dívidas chegaram a R$900 milhões. Uma grande estruturação aconteceu e, em 2017, conseguiram fechar o ano no azul. Desde então, os resultados até têm sido bons, mas nada suficiente para superar a dívida dos anos de crise.
Hoje, em débitos, há uma dívida bruta de R$401 milhões, com juros em torno de 24% ao ano. A maior parte do montante (77%) vence em 12 meses. Foi por isso que a companhia precisou recorrer ao empréstimo de R$300 milhões. As informações são do Uol.
O empréstimo dá fôlego à Bombril, mas ainda há muito a fazer. Na prática, a empresa trocou várias dívidas menores, prestes a vencer e com juros altos, por uma dívida mais longa, mas com condições melhores de pagamento.
Apesar disso, a empresa nega estar passando por uma crise. Em comunicado divulgado em janeiro, a fabricante de produtos de limpeza disse que “o tamanho da dívida não está tão alto para o porte da empresa”.
“O maior problema da companhia era mesmo o custo das dívidas e os vencimentos, que foram resolvidos agora”, disse Ronnie Mota, presidente da companhia.
Ao Uol, Motta disse a Bombril “está em seu melhor momento operacional”. Ele também afirmou que a empresa teve faturamento recorde de R$ 2 bilhões em 2022 e está focada na rentabilidade.
“Estamos olhando com bastante critério nossas margens, melhorando nosso mix de venda, posicionando corretamente nosso produto na gôndola e negociando melhores condições com os fornecedores”, completou.