São Luís aparece entre as capitais brasileiras com as maiores taxas de detecção de infecção pelo HIV, segundo o Boletim Epidemiológico HIV e Aids 2025, divulgado pelo Ministério da Saúde.
Em 2024, a capital maranhense registrou taxa de 42,3 casos por 100 mil habitantes, índice superior à média nacional, que foi de 18,4 casos por 100 mil habitantes.
O dado coloca São Luís ao lado de capitais como Florianópolis, Manaus, Belém, Recife e Rio de Janeiro, que concentram os maiores indicadores de detecção da infecção pelo HIV no país.
O boletim destaca que o aumento das taxas está associado, em parte, à ampliação da testagem e à retomada dos serviços de saúde após o período mais crítico da pandemia de covid-19.
No recorte estadual, o Maranhão apresentou queda de 2,1% na taxa de detecção de aids entre 2014 e 2024, seguindo a tendência nacional de redução dos casos da doença.
No mesmo período, o Brasil registrou queda de 12,6% na taxa de detecção de aids, passando de 19,9 para 17,4 casos por 100 mil habitantes.
Apesar da redução nos casos de aids, o boletim chama atenção para as desigualdades regionais e para o diagnóstico ainda tardio em parte da população.
A Região Nordeste, onde o Maranhão está inserido, apresentou crescimento nas detecções de HIV entre 2020 e 2024, reflexo da retomada da busca ativa e da ampliação do acesso aos testes.
Outro ponto destacado pelo levantamento é o impacto da epidemia entre jovens. No Brasil, pessoas de 15 a 24 anos representam cerca de 25,7% de todos os casos de infecção pelo HIV registrados desde 1991, com predominância do sexo masculino.
O Ministério da Saúde reforça a necessidade de ações contínuas de prevenção combinada, testagem regular e acesso oportuno ao tratamento antirretroviral.
O boletim também aponta avanços no enfrentamento da transmissão vertical do HIV, com redução no número de gestantes infectadas e de crianças expostas ao vírus no país.
Ainda assim, o documento ressalta a importância da qualificação do pré-natal, da adesão à terapia antirretroviral e do correto preenchimento das notificações, para garantir o monitoramento adequado dos casos nos estados e municípios.























