Mesmo após ser ouvida pela Delegacia de Meio Ambiente (DEMA), a jovem Juliana Trama, identificada como autora das pichações em um casarão tombado no Centro Histórico de São Luís, afirmou que não se arrepende e pretende continuar com as intervenções.
Em entrevista à TV Difusora, Juliana declarou que considera suas ações uma forma de expressão artística, e não um crime. “Não é crime, é uma atitude criminalizada pela sociedade”, afirmou, acrescentando que continuará usando “muros ociosos da cidade” para suas manifestações.
As declarações da jovem ampliaram a polêmica em torno do caso, que já havia provocado revolta entre moradores, artistas e órgãos de preservação do patrimônio histórico. Especialistas destacam que os casarões pichados são bens tombados e protegidos por lei, e que as marcas causam danos diretos ao acervo colonial reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial.
O episódio ganhou repercussão após vídeos divulgados nas redes sociais mostrarem Juliana pichando fachadas e ironizando a fiscalização. Após ser identificada, ela foi encaminhada ao Batalhão de Polícia de Turismo (BPTur) e, em seguida, à DEMA para prestar esclarecimentos.
Em nota nas redes sociais, o governador Carlos Brandão confirmou a condução da jovem e reforçou que dano ao patrimônio histórico é crime, passível de detenção e multa.
A DEMA investiga agora a data e as circunstâncias das pichações. Mesmo com o discurso de “expressão artística”, Juliana poderá responder judicialmente por dano ao patrimônio tombado.