Os portos do Maranhão consolidaram-se como protagonistas da logística nacional no primeiro semestre de 2025. Segundo balanço divulgado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a região Nordeste movimentou 150,5 milhões de toneladas de cargas no período, um aumento de 1,2 milhão de toneladas em relação ao mesmo período do ano passado.
O Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís, liderou com folga a movimentação regional, registrando 75,2 milhões de toneladas — em sua maioria minério de ferro destinado ao mercado internacional.
Já o Porto do Itaqui, também localizado na capital maranhense, alcançou 17,2 milhões de toneladas, resultado da combinação de operações de combustíveis e granéis agrícolas, como soja e milho.
A força das exportações de minério e grãos, somada à movimentação de combustíveis, ajuda a explicar o crescimento de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) maranhense no primeiro trimestre de 2025, desempenho superior à média nacional. O governo estadual atribui parte desse avanço justamente ao dinamismo do porto público.
OUTROS DESTAQUES DO NORDESTE
Embora o Maranhão tenha registrado os maiores números, outros portos nordestinos também apresentaram resultados relevantes.
Em Pernambuco, o Complexo Industrial Portuário de Suape movimentou 10,9 milhões de toneladas, com destaque para a exportação de veículos. Somente neste semestre, o terminal embarcou 37.668 carros.
Na Bahia, o Terminal Aquaviário de Madre de Deus, especializado em derivados de petróleo, somou 9,9 milhões de toneladas.
Já no Ceará, o Porto do Pecém registrou 9,5 milhões de toneladas, com operações diversificadas, incluindo fertilizantes e grãos.
MAIS QUE ESTATÍSTICAS
O desempenho portuário no Nordeste reflete diretamente na geração de empregos, no fortalecimento das cadeias produtivas e no abastecimento do mercado interno.
No caso do Maranhão, a mineração, o agronegócio e o setor de energia dependem da eficiência desses terminais para garantir competitividade e reduzir custos logísticos.
Com crescimento no comércio exterior — 3,27% a mais nas importações e 3,22% nas exportações —, os portos nordestinos mostram vitalidade e reforçam seu papel estratégico na economia brasileira.