Em reconhecimento às ações voltadas à sustentabilidade, o Porto do Itaqui foi agraciado com o Selo Pró-Clima Diamante, o mais alto reconhecimento concedido pela Aliança Brasileira para Descarbonização de Portos (ABDP). A entrega ocorreu na quarta-feira(8), durante o II Encontro da ABDP, realizado em São Luís, que reuniu autoridades, especialistas e representantes do setor portuário nacional e internacional.
Essa valorização vem após uma série de iniciativas implementadas pela Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), autoridade que administra o Itaqui, incluindo a conclusão de inventários de emissões, definição de metas claras e adoção de tecnologias limpas. O Porto do Itaqui é o primeiro porto público do Brasil a implantar um plano de descarbonização.
Para conceder o Selo, a ABDP realiza análises que apontem ações concretas das organizações na gestão de emissões de gases de efeito estufa e na implementação de planos de descarbonização. A categoria Diamante é destinada às instituições que demonstrem impacto comprovado, inovação e resultados alcançados, consolidando-se como líderes na transição para um setor portuário mais sustentável.
“A pauta da descarbonização é prioritária no Porto do Itaqui. A partir do nosso plano, que é pioneiro entre os portos públicos no Brasil, porto maranhense se antecipa aos desafios climáticos e busca alcançar o engajamento de toda a cadeia logística, a partir de marcos para a transição energética no setor portuário”, destacou a nova presidente do Porto do Itaqui, Oquerlina Costa.
Com uma estratégia composta por 21 ações, distribuídas entre navios, rebocadores, terminais, caminhões e ferrovias, o plano de descarbonização do Itaqui estabelece metas até 2050. A iniciativa é fruto de um processo iniciado em 2022, com a elaboração do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa.
Em 2024, o Itaqui havia conquistado o selo ouro. Este ano, com o diamante, o porto demonstra avanços nas metas ambientais. “O Selo Pró-Clima reconhece as iniciativas dos portos que começaram a descarbonizar e já estão tomando atitudes de redução da pegada de carbono”, explica a coordenadora-geral da ABDP e gerente de meio ambiente do Porto do Itaqui, Luane Lemos.
As ações do plano de descarbonização do Itaqui envolvem desde medidas de preparação sem potencial direto de descarbonização imediata (como melhoria na coleta de dados e implementação de um sistema de gestão das escalas) até iniciativas de alto potencial de redução de carbono. Para os navios, por exemplo, o plano inclui a eletrificação de berços, descontos em tarifas para embarcações que usam combustíveis renováveis e prioridade na escala para navios de baixo carbono. Nos terminais, são propostos incentivos econômicos para uso de combustíveis de baixa emissão e a separação dos medidores de eletricidade, além do incentivo ao uso de eletricidade renovável.
Outras infraestruturas verdes implementadas no Itaqui incluem investimento em pesquisas sobre mudanças climáticas e descarbonização; ônibus com tecnologia Euro 6 (redução de gases poluentes); adoção de caminhões movidos a Gás Natural Liquefeito (GNL); monitoramento ativo da qualidade do ar do Porto; utilização de carros elétricos na EMAP; substituição de combustível: priorização de etanol e biodiesel e instalação de placa solar nos novos prédios.
“Este é um momento significativo, que comprova que o Porto do Itaqui está comprometido com o futuro, com o meio ambiente e com as pessoas”, finaliza o diretor de planejamento do Terminal portuário do Itaqui, Bruno Mota.