A reconstrução da ponte Juscelino Kubitscheck (JK), que liga o Maranhão ao Tocantins, alcançou 90% de execução, segundo informou o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT).
Apesar do avanço, o órgão ainda não definiu uma data exata para entrega da estrutura, prevista para ser concluída até o fim de 2025.
A ponte, localizada sobre o rio Tocantins e integrante da BR-226, conecta os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO).
A nova travessia recebeu investimento federal de R$ 171,1 milhões. Quando finalizada, a estrutura terá 630 metros de extensão, 19 metros de largura e um vão livre de 154 metros, além de um sistema moderno de monitoramento de deformações e vibrações.
O projeto inclui duas faixas de rolamento de 3,6 metros cada, acostamentos de três metros, barreiras de proteção tipo New Jersey, duas passarelas para pedestres e guarda-corpos nas extremidades do tabuleiro.
O ACIDENTE
A antiga ponte JK desabou em 22 de dezembro de 2024. Construída na década de 1960, com 533 metros de extensão, ela também ligava Estreito e Aguiarnópolis pela BR-226.
O laudo final da Polícia Federal concluiu que o colapso ocorreu devido à deformação do vão central provocada pelo excesso de peso dos veículos que trafegavam pela estrutura.
O processo de queda durou cerca de 15 segundos, sendo que o vão central desabou em menos de um segundo.
A perícia, que levou mais de sete meses, utilizou drones, scanners a laser e modelagem 3D para reconstruir os detalhes do acidente.
Após o desabamento, o trecho remanescente da ponte foi implodido em 2 de fevereiro, usando mais de 250 kg de explosivos. As obras de reconstrução começaram logo em seguida.
VÍTIMAS E IMPACTOS
O desastre resultou na morte de 14 pessoas. De acordo com a Marinha do Brasil, três vítimas continuam desaparecidas: Salmon Alves Santos, 65 anos; Felipe Giuvannuci Ribeiro, 10 anos e Gessimar Ferreira da Costa, 38 anos.
Diversos veículos caíram no rio durante o colapso, incluindo carretas carregadas com defensivos agrícolas e ácido sulfúrico. A retirada total dos materiais perigosos ainda não foi concluída.
Enquanto a ponte não é entregue, moradores continuam enfrentando dificuldades para atravessar o rio Tocantins.
A travessia por barcos — que chegou a ser oferecida gratuitamente por barqueiros após o acidente — também sofreu interrupções ao longo dos meses.























