O advogado criminalista Erivelton Lago, que representa o motorista suspeito de atropelar e matar o policial penal Dyego Antônio Mendes Ferraz da Silva, de 40 anos, se pronunciou nesta terça-feira, 14, sobre o caso que chocou São Luís. O acidente ocorreu no último sábado, 11, no bairro Forquilha, e foi registrado por câmeras de segurança.
Em entrevista à TV Difusora, o advogado afirmou que o cliente se apresentou voluntariamente à Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) e prestou todos os esclarecimentos necessários.
“Na verdade, foi um acidente. Nós o trouxemos aqui para esclarecer para o delegado que está investigando. Ele explicou toda a dinâmica do fato. O delegado anotou tudo, e agora vamos aguardar a interpretação da autoridade policial”, declarou Lago.
Segundo o defensor, o motorista decidiu procurar a polícia antes mesmo de ser intimado, como forma de colaborar com as investigações.
“Trouxemos ele antes porque é uma pessoa que trabalha, um comerciante, não é envolvido com crimes. Então ele entendeu que o melhor seria vir e se esclarecer”, acrescentou.
O advogado também confirmou que o cliente era o condutor da caminhonete vermelha flagrada nas imagens do atropelamento.
“Ele fez o correto, se apresentou para a autoridade policial, até para diminuir o trabalho da investigação. Agora, o delegado vai concluir o inquérito e ouvir outras pessoas”, concluiu.
Entenda o caso – O motorista da Fiat Strada vermelha envolvida na morte do policial penal se apresentou à polícia nesta terça-feira, 14, na presença dos advogados. Após prestar depoimento na sede da SHPP, ele foi liberado.
Inicialmente, o caso chegou a ser tratado como um possível homicídio a tiros. No entanto, vídeos de câmeras de segurança esclareceram a dinâmica: após uma colisão entre os veículos, Dyego Ferraz e o condutor da caminhonete pararam no acostamento e conversaram. Em seguida, o motorista da Strada tentou deixar o local, e Dyego se colocou à frente do veículo. O condutor acelerou, e o policial penal foi arrastado por cerca de 100 metros, sofrendo traumatismo craniano fatal.
A Polícia Civil do Maranhão segue com as investigações para definir se o motorista agiu com intenção de matar (dolo) ou se houve imprudência (culpa) na condução do veículo.