Além da nova geração do Jeep Compass, a marca norte-americana da Stellantis já trabalha na nacionalização do SUV compacto Avenger. O modelo será construído a partir da plataforma CMP, que também será usada pela nova geração do Fiat Argo. Oficialmente a Jeep não confirma, mas a coluna apurou que fornecedores já estão cotando as peças para o Projeto 516 – aliás o codinome é o mesmo usado pela engenharia europeia da Stellantis.
O Avenger será o primeiro Jeep fabricado em Betim (MG) e o segundo produto da Stellantis a usar a plataforma CMP na unidade – o primeiro será a nova geração do Argo, chamado por enquanto de Projeto 328. Diferentemente do mercado europeu, onde o Jeep Avenger é vendido em versões elétricas e híbridas, o similar brasileiro terá motor 1.0 Turbo Flex T200 em versões de acesso. Haverá também versões com conjunto híbrido HEV convencional que se autocarrega. Ele contará com o motor 1.0 Turbo Flex T200 associado a um elétrico com potência entre 20 – 40 kW e a bateria com capacidade para 1-2 kW. Em ambos os casos, o câmbio será o CVT que simula sete marchas virtuais.
O Jeep Avenger chegará para brigar com os SUVs compactos de entrada, ficando posicionado abaixo do Renegade. O visual do modelo brasileiro será idêntico ao europeu, que também compartilhará o mesmo interior. Em relação ao tamanho, o Avenger seguirá o europeu ficando com 4,08 metros de comprimento, 1,78 m de largura, 1,53 m de altura e 2,56 m de entre-eixos. Seu porta-malas tem capacidade para 380 litros.
Modelo cobiçado pelo Brasil desde lançamento A Jeep nunca escondeu o desejo de lançar o Avenger no Brasil. Em conversa com o UOL Carros durante o Salão de Paris no ano passado, Christian Meunier, chefe global da Jeep, havia confirmado que o SUV seria um modelo global e que o país estava entre os cotados para produzir localmente o SUV compacto. “Alex [Aquino, vice-presidente da marca para América do Sul] gostou do carro, quer levá-lo. Ainda não há uma decisão, mas gostaríamos de levar o produto para lá. É diferente, não podemos apenas levar o produto dos EUA para o Brasil, é preciso a adaptação. Caso seja vendido por lá, será feito no Brasil, não importado. Uma decisão difícil, um grande investimento”, afirmou Meunier na ocasião.