A interrupção na produção de automóveis deve encarecer os preços tanto de carros novos, quanto de usados.
Esta é a avaliação do professor de Finanças Corporativas do Ibmec-SP Paulo Azevedo.
Desde a última segunda-feira (20), montadoras como General Motors, Hyundai e Stellantis promoveram férias coletivas para os funcionários.
“Tem fatores de produção faltando, como chips, e a tendência de dificuldade produtiva aliada a custos fixos das montadoras como pagamento de funcionários continua”, disse o professor.
O professor ainda não acredita que o encarecimento do crédito afeta o choque de oferta.
“Este tipo de choque aconteceria se houvesse muitos carros no pátio e dificuldade de comprar, mas agora há efeito contrário, há menos oferta.”
Isso faz com que “a tendência de subida no preço de carros novos aumenta também o custo para preço dos usados.”
A dica de Paulo Azevedo no momento para comprar um automóvel neste momento é procurar um usado de até 2 anos, como a primeira alternativa para um veículo novo, que está com o preço inflacionado.
“Importante também fazer pesquisa de preço”, completou.
O professor ainda disse que não é possível prever quando a situação dos componentes será resolvida, já que ela depende de diversos fatores, como a inflação global.