Ficou bem sem sentido a crítica feita pelo deputado estadual Rodrigo Lago (PCdoB), nas redes sociais, sobre a reafirmação do governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), que ficará até o fim do seu mandato, em 31 de dezembro de 2026.
Rodrigo Lago acabou sendo até ofensivo nas críticas contra o governador, o que nem é uma característica sua, mas chegou a chamar Brandão de “suposto líder” e “trôpego mandatário”.
Inicialmente, é importante dizer que deveria ser obrigatório todos os políticos cumprirem integralmente o seu mandato. Isso, minimamente, representa respeito ao voto e a confiança depositada pelo eleitor. No entanto, infelizmente, muitos não fazem isso e para não ficarem sem mandato, nem concluem o que estão em busca de um novo.
Depois, também é preciso voltar um pouco no tempo e lembrar que o ex-governador José Reinaldo Tavares fez o mesmo caminho, cumpriu o seu mandato até o fim, evitando que o então vice-governador Jura Filho assumisse o cargo. Naquela época surgia com força o atual grupo político, que hoje está rachado. Fatalmente, Rodrigo Lago não deve ter achado ruim a decisão tomada naquele momento.
Por fim, mas não menos importante, quase todos estavam cobrando um posicionamento de Brandão sobre 2026, inclusive reclamavam quando o governador dizia que iria seguir trabalhando e só falaria sobre eleições no ano que vem. Agora que Brandão se posiciona, mesmo faltando nove meses para decidir, e assegura que ficará no mandato, a grita foi geral.
Rodrigo Lago poderia até criticar o não cumprimento de um tal acordo existente, afinal existem versões divergentes sobre o assunto, mas atacar Brandão por ele decidir seguir como governador, foi incoerente, desnecessário e sem sentido algum.