Como era esperado, a senadora e relatora da CPMI do 08 de janeiro, Eliziane Gama (PSD), nesta terça-feira (17), apresentou seu relatório final e pediu o indiciamento do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
“Os fatos aqui relatados demonstram, exaustivamente, que Jair Messias Bolsonaro, então ocupante do cargo de presidente da República, foi autor, seja intelectual, seja moral, dos ataques perpetrados contra as instituições, que culminou no dia 8 de janeiro de 2023”, afirmou Eliziane, ao apresentar o relatório de 1.333 páginas.
A relatora pediu ainda o indiciamento de Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil do governo Bolsonaro e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, do general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
A lista dos indiciados inclui ainda Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
No entanto, Eliziane deixou de fora da lista de pedidos de indiciamento o nome do general Marco Edson Gonçalves Dias, que comandava o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do Governo Lula durante os atos de vandalismo em Brasília.
Foram quatro meses de CPMI, 20 depoimentos e 957 documentos obtidos pela comissão.